sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Os menores são os mais difíceis


Quando eu era pequena, passava algumas férias em Itapeva, que é interior de São Paulo, perto da casa da minha tia havia uma funerária, um dia entramos e eu comecei a olhar os caixões, sem entender o sofrimento daquelas "caixas" grandes, percorri todos e havia um modelo pequeno, olhei para o senhor que fazia os caixões e falei sem pensar (como sempre): os pequenos devem ser mais fáceis, menos trabalho e material, ele me olhou profundamente e me disse, os menores são os mais difíceis, mas como indagava eu justificando simplesmente o tamanho, um dia você entenderá me disse ele.
Anos mais tarde eu entendi quanto sofrimento cerca um simples caixão, mas hoje vendo o jornal e toda a tragédia no Rio de Janeiro, vi um pequeno caixão em que o pai o segurava e me lembrei dessa história.
Que Deus abençõe e conforte as famílias que enterram os seus.

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